O jejum intermitente está na moda, mas é compatível com a corrida? É verdade que o seu primo faz isso, o seu amigo também: essa forma de comer é praticada cada vez mais. E as evidências científicas indicam que ela proporciona muitos benefícios. Mas o que acontece com o mundo dos corredores? A ciência tem demonstrado que, dependendo do formato escolhido, pode estar afetando seu desenvolvimento muscular.
Na verdade, um estudo científico realizado sobre o jejum intermitente em corredores do sexo masculino, corredores de média e longa distância, indica que esta prática não afeta o seu desempenho durante as corridas ou a sua saúde metabólica, mas afeta reduz a massa muscular, um luxo que os corredores não podem pagar.
Jejum intermitente como estilo de vida
Como você sabe, o jejum intermitente é um método de alimentação que envolve períodos regulares de jejum, seguidos de períodos de alimentação. Essa prática se tornou muito popular até se tornar mais do que apenas uma dieta, mas um estilo de vida. E sim, o jejum intermitente também permeou o ambiente de corrida.
Na verdade, o jejum intermitente é um método alimentar que pode ser muito flexível. Os jejuns podem durar apenas 12 horas e até uma semana. Existem vários tipos de jejum intermitente, incluindo o muito popular jejum 16/8 (16 horas de jejum e 8 horas de alimentação), jejum de 24 horas e jejum cíclico.
A pesquisa mostrou que o jejum intermitente pode trazer uma variedade de benefícios à saúde: pode ajudá-lo a perder peso, reduzir o risco de doenças crônicas e melhorar saúde mental e capacidade cognitiva. O jejum intermitente também tem sido associado a longevidade e saúde física.
Alguns estudos demonstraram que o jejum intermitente pode melhorar a produção de hormônios de crescimento e promover uma resposta imunológica mais forte. No entanto, é importante notar que os efeitos do jejum intermitente variam de pessoa para pessoa. E, como sempre, o estilo de vida de cada pessoa faz com que os resultados variem. Mas e quanto ao jejum intermitente e à corrida?
Uma investigação feita por especialistas em medicina esportiva
É por isso que trazemos para o nosso blog os trabalhos de pesquisa publicados pela fundação Colégio Americano de Medicina Esportiva no qual são analisados os efeitos do jejum intermitente em um grupo de 28 corredores. Especificamente, os efeitos de um tipo de jejum chamado alimentação com restrição de tempo (TRE) seguindo o cronograma 16/8. Isso significa que, das 24 horas do dia, 16 horas seriam destinadas ao jejum e 8 horas à ingestão de alimentos para os quais não foram dadas instruções ou aplicadas restrições.
Os participantes competiram em corridas de média e longa distância de pelo menos 1.500 metros e dedicaram um mínimo de 5 dias de treinamento por semana durante pelo menos 24 meses antes do estudo. Após oito semanas, constatou-se que o TRE não afetou os índices de treinamento ou desempenho em corridas de resistência, e nenhum efeito foi observado nos marcadores sanguíneos da saúde metabólica. Contudo, constatou-se que houve uma redução na massa corporal proporcional à diminuição da ingestão de energia. Portanto, teremos que seguir a pesquisa cuidadosamente antes de nos comprometermos com grandes restrições alimentares durante a corrida.
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Fonte: Aidan J. Brady, Henry M. Langton, Mollie Mulligan e Brendan Egan. Efeitos de 8 semanas de alimentação com restrição de tempo 16:8 em corredores masculinos de média e longa distância. Medicina e Ciência em Esportes e Exercício 53(3):p 633-642, março de 2021.
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